Oliveira dos Campinhos - Santo Amaro

Tuesday, January 30, 2007

O GRITO DO SILÊNCIO V

A VITÓRIA DO POVO
X
OPORTUNISTAS

Por mais que queiramos nos silenciar diante de certos inconvenientes, mais isso se torna impossível, principalmente quando nos deparamos com atitudes camaleônicas dos oportunistas de plantão.
Como é sabido, o camaleão tem o poder de se transformar de acordo com a sua conveniência. Isso é uma defesa de natureza animal, a busca de mecanismos de sobrevivência.
Mas viver o tempo todo grudado no grupo recentemente desbancado do poder pelo sufrágio popular, e depois de algum tempo, não se sabe qual a intenção, repentinamente aparecer desfilando em Oliveira com adesivo de Lula e Wagner preso ao para-choque, como se fosse um militante que sempre saiu em defesa da causa socialista... Isso me parece um tanto absurdo, não? Ou é oportunismo !? E muitos desses estão ai a solta, na espreita. Para barganhar alguma coisa. Por mais simples que seja o engajamento político de um cidadão comum, estas atitudes não passam despercebidas. Embora vivamos em uma sociedade democratica, tais mudanças repentinas caracterizam atitudes de pessoas descomprometidas, e sem militância politica. Esta militância é muitas vezes construída de forma solitária, com sacrificios, renúncias e incompreensões. Mas quando se abraça uma causa partidária, agindo com ética, coerência e equilibrio, vale a pena a energia despreendida.
Acreditei e continuo acreditando no Partido dos Trabalhadores desde a sua fundação, como militante e membro do diretório da 3ª Zona, no Bairro da Liberdade em Salvador, que funcionava no Escritório do advogado Valdenor Cardoso, hoje Presidente da Câmara Municipal de Salvador .
Lutei e continuarei lutando por um projeto que opta pela inclusão social de uma maioria que por muito tempo ficou relegada a um plano “sei lá, não sei”. Mesmo que dentro desse processo haja algumas contradições, sempre estarei abraçando a causa socialista e o seu projeto de transformação social.
Nem todos os “neófitos” de plantão são verdadeiros defensores do Projeto de inclusão de uma maioria não privilegiada. Estão em busca de cargos, sombra e água fresca.

PT saudações

Cosme Santiago da Silva Filho
Oliveira dos Campinhos, 24 de janeiro de 2007


TRADIÇÕES OLIVEIRENSE

AS TREVAS EM OLIVEIRA DOS CAMPINHOS
O luto obscurece o esplendor da igreja, sem toalhas, sem flores, sem imagens, com altares cobertos pelo roxo e o interior do templo com a mínima iluminação. Só a Capela do Santíssimo fica iluminada como uma montanha de fogo. Ali está a Luz – no resto estão às trevas. O ambiente está preparado para convidar os fiéis ao silêncio, à penitência e à contrição. O efeito conveniente dos acessórios destaca todo o intermédio de tristeza que vamos desempenhar.
No centro do santuário, quinze velas acesas a queimarem. As lamentações estão presentes em todo o rito, ecoando fúnebre no recinto e nos altares despidos de adereços de outrora. O simbolismo é o transcendente dos cultos. As velas acesas possuem esse caráter. À medida que o Evangelho da Paixão é lido, a modo que a morte, aninhada em alguma escuridão das sombras, alonga a asa sobre uma daquelas luzes, um anjo as apaga.
Adiantando-se a leitura, mais se adianta a negridão que peneira-se no interior do templo, até que a última vela fica como única, como um pensamento que não morre. O Anjo da Amargura, porém, a Retira, e levando-a para a sacristia, aí a esconde.
Entre Deus e o sol há um ponto de contato: não é necessário que eles se mostrem, para que sua luz ilumine os horizontes e o mundo. Aquela vela simboliza o Cristo morto rasgando com ondas de esplendores o ar noturno do sepulcro!
E o povo, como uma legião de sombras resvalando no caos, entoa o Miserere, então, pela porta principal a vela misteriosa reaparece, o silêncio é substituído pelo alvoroço e o estalar ensurdecedor das matracas.
Este é o Oficio da Paixão, na Matriz de Oliveira dos Campinhos, como encenamos desde o século XVIII. Que continue assim, até o fim dos tempos, para que a representação do passado possa nos mostrar no futuro uma esperança. Pelo menos isso o presente nos garanta.

Oliveira dos Campinhos, 03 de Janeiro de 2007.
Edson João de Freitas Mattos

Que Satisfação Luzente!

Não se pode medir o tamanho da emoção que se processa, quando escalamos algo, e chegamos ao cume, ao ponto de seguimento para a emergente nova jornada.
Cada vencedor traz no âmago dores, alegrias, sonhos, complexos, dificuldades, aberrações, sofrimentos múltiplos e coisas e coisas que são ejaculadas quando alguém pronuncia o nome daquele guerreiro, para receber algo, como um bastão, uma jóia, um presente, um canudo...
Dentro de cada gladiador, há uma explosão dilacerante, para os grilhões internos. Há um momento de gloria que pensamos que estamos no Olimpio ao lado de Zeus e seus honrados pares. É indescritível a emoção incontida.
Agora, após a dádiva conseguida, com árdua e profícua luta, declinarão novas batalhas, novas oscilações, outros maremotos, outras ondas apocalípticas, mas, como tudo na vida, há, haverá sempre percalços para medir as nossas forças ocultas que residem adormecidas em nosso recôndito.
Após recebermos a recompensa, pelos anos extenuantes, embate diário, ainda haverá as cicatrizes, que nos nortearão para sempre avançar, escalar, cair, levantar, padecer, percorrer, fomentar, equacionar, enfim nos ejetar para mais um degrau na escala de viver.
Não podemos, após afagar o prêmio, por ter sido agraciado, pelas nossas pelejas e dos nossos, ficaremos inertes, pois as oscilações para sermos ou termos, são insidiosos e a cada manhã, novas artimanhas são inseridas, na nossa trilha para que nos projetemos, em busca da sombra, do macho viril e fecundante, o Sol, Pai de todos e de tudo.
Percorremos, após os louros alcançados, desenvolvimentos outros, mas não devemos nos abastecer, sem alimentar outros, que estão em mutantes equilíbrios e desequilíbrios pois, o maior prêmio que recebemos: é ensinar a quem não sabe, sempre ensinar, pois é ensinando que estamos aprendendo e nada sabemos.
Somos outros, após o dia da glória, nós não devemos adormecer sobre o ontem, pois o hoje é difícil e o amanhã é incerto e extremamente complexo, conturbado, perverso, mesquinho...
Não é justo, que após sermos vencedores, não façamos, outros vencedores.
Temos o direito de divergir ente o bem e o mal, mas não escolher o bem para nós e o mal para os outros: O que adianta aprender? O que valeu nossa ferrenha obstinação.
A cada dia, vemos, sentimos, presenciamos as ruas cheias de pessoas que não sabem para onde ir, fazer, ter....O que nós podemos e devemos fazer para norteá-los? Há em todos os seguimentos desmotivações, até os estudantes, não são mais rebeldes para melhores escolas!! Estamos na via do pré-apocalipse?! Vocês futuros formadores de ética, moral, educação, conhecimentos, conduta, balizamento e coisas e mais coisas, serão os responsáveis para semear, limpar, aguar, adubar, retirar as ervas daninhas que sempre eclodirão nas suas salas de aulas.
Sempre vocês (Ana Cristina Paranhos de Freitas Valverde – Cristina, Ângela da Silva Pereira – Binha, Eufrosina Silva Santos – Flor, Jorge Luis Machado Oliveira – Jorginho, Leonora Gonçalves Siqueira – Nôca, Maria José Bacelar - Maria José, Miracy Batista – Miracy), terão o dever, a obrigação, o prazer de ajudar alguém, o saber separar o que é trigo e o que é o joio, aí vocês poderão escrever, outros escritos: que satisfação brilhante.
Não parem, a guerra é continua.

Jairo Gomes Cordeiro
Oliveira dos Campinhos, 21/01/2007

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